quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Reconstruíndo a história




Quantas vezes você esteve em: 10 ônibus, 2 aviões, 3 caminhadas, 2 felucas, 2 barcos e 2 navios... NO MESMO DIA!?
Nossa vez foi hoje e, para que isso fosse possível, acordamos às 3h30.
Passamos só uma noite no hotel Mövenpick de elefantina e a impressão foi muito boa. Serviço, alimentação, localização e entretenimento de primeira.
Essa maratona de veículos foi para conhecermos dois templos reconstruídos: Abu Simbel e Kalabsha.
Antes dos templos, vou explicar o “reconstruído” da frase anterior.
O Nilo enche. Quando enche, alaga. Quando alaga, fertiliza a terra, mas também pode causar problemas. É só ver o que acontece em São Paulo quando chove muito.
Para controlar as enchentes do Nilo, o governo do Egito resolveu fazer, em 1963, um plano para regularizar a vazão das águas do gigante que serpenteia o deserto.
A grande barragem de Aswan reteve a água e criou uma enorme represa. Problema resolvido? Para a população local sim, mas para o resto da humanidade, principalmente para os egiptólogos, o projeto geraria um enorme prejuízo. Vários templos e sítios arqueológicos ficariam submersos e milhares de anos de história iriam, literalmente, por água abaixo. Vinte e seis templos foram desmontados e remontados metros acima. Além da história, esses templos representam grandes obras da engenharia. Abu Simbel e Kalabsha foram dois deles.
Abu Simbel é um grande impacto. O templo é guardado por quatro imponentes estátuas de Ramsés II, esculpidas diretamente na pedra. O grande faraó da 19ª dinastia era casado com Nefertari e o interior do templo é recheado por cenas de caçadas e batalhas vitoriosas. A precisão dos detalhes da arte chama atenção. As emendas da remontagem são quase imperceptíveis.
Depois do passeio de feluca, um barco à vela que os antigos egípcios usavam, rumamos para nossas novas instalações no navio Mövenpick Royal Lilly. Tínhamos a tarde livre, mas o Mustafa sempre arruma algum programa extra, geralmente imperdível, mesmo com o sono atrasado.
O templo reconstruído de Kalabsha está em uma linda ilha a oeste de Aswan. Chegamos de barco, um pouco antes das quatro horas e não tinha nenhum turista. É muito bom poder desfrutar dos detalhes do período ptolomaico sem nenhuma pressa e tirar quantas fotos eu quiser. Voltamos para o Royal Lilly desfrutando um lindo pôr-do-sol no Nilo.
O navio só começa a navegar amanhã à tarde, por isso, pela manhã, vamos a Philae, outra ilha reconstruída próxima de Aswan.
Ir Ink Hru Néfer!

2 comentários:

  1. Ai, que inveja!!!!
    Mesmo sem jamais ter estado no Egito, meus templos preferidos são Philae e Abu Simbel - a paixão por Philae começou quando vi suas fotos da última viagem e se consolidou quando você me contou a história de sua transposição para montarmos a apresentação dos templos ptolomaicos para apresentar no Splendour of the Seas...
    A paixão por Abu Simbel é bem mais antiga. Começou na minha infância, quando meu pai nos mostrava as fotos do maravilhoso livro IL MONDO SALVA ABU SIMBEL (que agora é meu!!!!).
    Beijos

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  2. Amigos...

    É o seguinte.
    Já estou programando .Vou para o Egito em 2010.
    Quero ver tudo isso aí e de preferência com o Marcos Geribello no comando!
    Então, logo que chegarem, tratem de programar a próxima pois eu estou dentro.
    E quero ficar nessa Feluca aí no meio do Nilo.
    Abs e até breve.
    Pagano.
    Em tempo , vou sugerir aos egipcios que construam o Splendour of the Nilo, assim o Marcos vai dar um monte de palestra in loco!

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