Lembra do Sneferu que eu falei ontem? O das pirâmides vermelha, torta, preta. Pois é, esse moço teve um filho chamado Khufu, que resolveu seguir os passos do pai e construiu a grande pirâmide de Gizé que todo mundo conhece.
Mas a história não termina por aí. Khufu, ou Queóps, por sua vez, teve alguns filhos construtores de pirâmides. Um deles, o Khafre, resolveu fazer a sua também em Gizé, além de um leão com cabeça de gente. Khafre também teve um filho que, pasmem, fez outra pirâmide no platô e completou a trilogia piramidal que virou uma das sete maravilhas do mundo. Por sinal, a única que ainda existe.
A visita começou cedo. Para fugir dos turistas, levantamos às 5h da manhã e partimos, de ônibus, para o Platô de Gizé, bem pertinho do hotel.
A primeira parada foi na Pirâmide de Khufu. São 2.500.000 blocos em 210 camadas, somando 134 metros de altura e 7 milhões de toneladas. Para entrar nesse monstro vamos agachados por túneis até uma câmara onde está o sarcófago. A emoção de estar ali é grande e vale o esforço.
Quando saímos, demos a volta no monumento e avistamos a segunda pirâmide. Khafre (ou Quéfren) era muito espertinho. Construiu uma pirâmide menor que a do pai, mas em uma elevação, para parecer que é maior. A de Menkhaure (Miquerinos) é menor ainda. Mustafa (nosso guia) disse que eles já estavam cansados de fazer pirâmides e desleixaram um pouco.
A esfinge é um caso à parte e rende ótimas fotos. Com corpo de leão e a cara do faraó Khafre, o nariz foi brutalmente quebrado pelos mamelucos, mas há quem diga que foi o Obelix.
O mais bacana foi a exclusividade de termos entrado antes dos turistas. Depois da nossa visita o platô virou um formigueiro de gente com vendedores assediando a todos. Parecem pragas: “Brasil! Pelé! Kaká! Runaldinho!”. Para eles o Brasil se resume a isso.
Depois de uma tarde na piscina, realizei minha primeira palestra oficial da viagem, sobre as pirâmides que vimos hoje. Mas essa o Rodrigo já mostrou.
O show de som e luz que vimos à noite nem vale comentários.
Aswan nos espera amanhã.
Ir Ink Hru Néfer!
Quem disse que ensinar tem de ser chato e que aprender tem de ser um porre ? Nada como um apaixonado lecionando ! Parabéns Mestre e grato pela aula.
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