segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Jóia do Nilo




Imagine um lugar muito seco. Mas muito seco mesmo. Acrescente um sol de 42°C que queima até na sombra e muita areia. Mais que o tamanho do Brasil de areia. Assim é o clima em Aswan.
Em um deserto como esses, um ser humano morre em poucas horas.
Por esse e por outros motivos, a grande jóia do Nilo é a própria água.
Aqui no Hotel Mövenpick, com piscina e muita mordomia, estamos muito vivos.
Saímos do Cairo às 6h da manhã e voamos 900 km para a última cidade no extremo sul do Egito, quase no Sudão.
De um lado, o deserto do Saara. Do outro o deserto árabe.
Depois de um sandubinha leve na piscina, partimos de barco para um passeio inesquecível.
Subimos o Nilo até perto da primeira barragem. Até aí já estava lindo, mas depois fizemos algo que eu sonhava há anos. O rio a essa altura é limpíssimo e mergulhei nas águas frias daquele que permitiu a existência de vida em uma região tão inóspita. O passeio de camelo eu recusei, mas o Rodrigo faz questão de contar:

“Quando o bicho subiu quase caí. Tem pêlos macios e nem é tão fedido quanto dizem. Lerdo, desobediente e grita como um boi doente. Obviamente aprendi a imitar e fui conversando com eles. Depois de 10 minutos minhas partes começaram a doer. Quando eu ia imaginar que eu estaria andando de camelo, no deserto, em plena segunda-feira. Foi uma das experiências mais bacanas da minha vida. O passeio foi curto, mas valeu. A descida é pior que a subida. Abdulah e Lulu ficaram registrados na minha memória e na câmera de vídeo. Depois eu posto no YouTube.”

Quando voltamos pro hotel, realizei a segunda palestra oficial. Desta vez sobre a transposição do templo de Abu Simbel que veremos amanhã.
Por sinal, preciso dormir.
Beijos a todos.
Ir Ink Hru Néfer!

8 comentários:

  1. e nós estamos aqui, curtindo uma saladinha...mas a masagem.
    Aproveitem adoramos as novidades.
    Edith e Patricia

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  2. Queridos,
    Isso está bom demais!
    Marcos, você está inspiradíssimo!
    Os textos estão ótimos. Acho que esta é a semente para o seu livro - leve e informal como suas palestras,cheio de informações históricas e ao mesmo tempo gostoso de ler. Ricamente ilustrado com fotos maravilhosas e com pitadas de humor de relatos do Rodrigo.
    Continuamos acompanhando, morrendo de inveja de não estar aí com vocês.
    Beijos, Amalia e Gigi

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  3. E aí turma do Egito....
    Que maravilha..
    Agora, acho que com esse calor não podiam esquecer umas cervejas geladas, se for o caso ,na próxima viagem ao Egito, essa parte dos bebes eu me responsabilizo,e levo tudo num
    isopor em cima de um camelo....
    Valeu...e até breve!
    Pagano

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  4. Escuta, Rodrigo... esqueceu de perguntar pro seu pai o nome do simbolo ne!?!?!??!?!?!?!?!?!?!?!?

    O problema de andar de camelo no deserto é que daqui a 5 meses, vc vai estar no banho e vai encontrar essa areia ai grudada na sua bunda... é um saco.

    HAHAHA

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  5. 10 a zero no Death Valley, uma porcaria ainda mais quente, sem os tesouros arqueológicos, as emoções dos camelos e pior ainda sem o Nilo prá aliviar ... só a emoção do seu carro quebrar e você ter a chance de morrer desidratado antes que a próxima patrulha circule no pedaço.

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  6. Rodrigo vc teve que erguer as perns pra não arrastar no chão enquanto andava no camelo???

    Pela foto vc tá quase alcançando.....

    Abraços e continue viajando

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  7. Oi Rodrigão, olá Marcos

    Puxa, que inveja! Como gostaria de estar ai com vocês!

    Mas que legal esta idéia do Blog, tenho acompanhado e de uma certa forma, você estão nos fazendo viajar junto com vocês.

    Parabéns pela idéia e obrigado pelos posts!
    :-)

    Imagino quando voltarem, quanta coisa pra contar!

    Cadê o vídeo Rodrigão?
    Coloca lá no Youtube
    ;-)

    Aproveitem bastante (acho que nem preciso falar isso... talvez tenha que falar: durmam um pouco... rsrsrs)

    Um grande abraço
    Marcelo

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